MUSICA

MUSICA

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Na hora que chegaste!...

Na hora em que chegaste, anoitecia;
Sentamo-nos num muro de suporte
Sobre a ria onde um cisne cantava morte,
Ao longe, numa albufeira vazia.
No areal um jovem recolhia
Um papagaio dum vermelho forte;
O céu e o mar fundiam o recorte,
Cinzento, de um barco que partia....
Então...tiraste a tua mão da minha,
Disseste que era tarde e que convinha
Não estarmos sós....
Partiste....E não te encontrei mais.
E desde então :
A noite pôs-se escura...
Dei por mim a passear no cais
presa a uma íntima amargura!

3 comentários:

Anónimo disse...

As despedidas são sempre amargas, principalmente quando é um amor que nos parte e nos deixa sós. Que bem que soubeste traduzir o teu desgosto neste poema tão bonito.

O Profeta disse...

Troquei as voltas a um Golfinho feliz
Afagei a cria de uma Baleia azul
Confundi uma nuvem com ilha encantada
Perdi-me na rota entre o Norte e o Sul

Aprisionei o olhar de uma gaivota
Enchi a alma com penas de imensa leveza
Enchi o coração de doce maresia
Adormeci nos braços da incerteza

Vem viajar comigo no meu barco de papel


Bom domingo

Doce beijo

O Profeta disse...

O amor cobre e descobre o seu rosto feliz
Um beijo anda solto de um sopro puro
Dois amantes dividem uma maré de espanto
O desamor ergue na vida um frio muro

Uma estrela do mar percorre o azul
Uma estrela no céu anuncia a claridade
Uma longa espera arrocha o peito
Um suspiro solta a incontida saudade

Ofereço-te uma estrela do mar


Mágico Beijo