MUSICA

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terça-feira, 14 de junho de 2011

10.JUNHO.2011 - 4º ANO - NÃO TE DISSE ADEUS!



Não sei se depois de ti ficou dor, tristeza, revolta, mágoa, vazio, memória, saudade ou um amor maior... não sei.
O que sei é que se passa um ano depois do outro, carregado de horas que se estendem e se dividem por minutos e segundos. E não há um dia que não lembre de ti. Um que seja...

Creio que depois de ti nada mais foi igual. Fazes-me falta, sabes?
Sinto-te a falta quando queria apenas que estivesses aqui. Quando sei que não estás.
Talvez por ti sinta todas as outras perdas como facas que se me espetam no peito e não me deixam respirar... que me deixam todas estas marcas, que cicatrizam devagar.
Perdi-te... e não queria perder mais ninguem.
Não que alguem substitua o teu amor, vê se me entendes, mas para me sentir amada. Alguem que gostasse de verdade de mim e permanecesse. Tu foste embora, todos vão embora... como se não me fosse permitido ter perto de mim alguem que eu ame...
Não sei se haverá uma forma certa de amar, a mim, parece-me que amo sempre da forma errada.
É que as pessoas partem mas os sentimentos continuam em mim, invioláveis, intocáveis...como este amor que tenho por ti. Que me faz chorar mas nunca me faz sentir que é em vão.

Perder-te foi perder uma parte de mim. Perder-te foi arrastar o sofrimento pela vida, mas tornar-me tambem numa pessoa melhor. Parece-te estranho?, por vezes a mim tambem.
Hoje posso ser mais frágil mas tambem muito mais corajosa. Afinal, perdi-te e segui viagem mesmo carregada de uma angustia que não larga o peito. Sobrevivi...significa que irei caminhar de cabeça erguida apesar de todas as outras perdas que possa sentir.
Mas apesar de tudo, hoje, sou capaz de amar de uma forma muito mais intensa. Talvez porque foi preciso que um alicerce desabasse na minha vida para entender que há coisas que não podem ser feitas nem ditas amanhã. Porque foi preciso perder-te para perceber que de repente tudo perde o sentido nesta vida tão fugaz. Que de nada vale guardar sentimentos, nem esconder a vontade de voar...
Num segundo, fica nada. E pior que isso, um nada que já não podemos mudar.

Quando chega o momento do fim, custa dizer a palavra, sabes?
Só porque estamos a ditar um terminar no tempo. E fica tanto tempo, não achas?, fica tão longe, uma distância que não nos cabe no peito... estamos a declarar que não haverá mais nada, estamos a querer acreditar que ao dizê-la tudo fique mais simples, mais fácil de esquecer. Mas não fica... porque nunca aceitamos o fim de algo que amamos.
Não dizemos a palavra porque nos dói, cá por dentro.

Aprendemos a viver sem a dizer, a que magoa, a que fere, a que nos faz mal.
Como naquela noite em que te toquei as mãos já tão frias e se deu um nó na minha garganta e as lágrimas a transbordarem-me dos olhos por não querer aceitar, o chão a fugir-me dos pés, o coração espalmado por um sofrimento que não se consegue explicar...por não querer perder-te, por não admitir que te fosses embora assim, sem me olhares nos olhos enquanto te dizia que te amo.
Ficou tudo suspenso... e por isso não te consegui dizer a palavra que ainda hoje arrasto comigo.
Naquela noite não tive coragem para a dizer. Sabia que não te veria mais, mas mesmo assim, não fui capaz. E hoje tambem não o vou fazer...

Porque se te disser Adeus... é como se deixasse de te sentir sempre por aqui perto, a espreitares-me pelas esquinas da vida, sorrindo-me como se me falasses e dissesses que sim, que sabes que te amo!...

7 comentários:

Anónimo disse...

ÉS UMA ALMA GRANDE!POR ISSO TE ADMIRO E TE CONSIDERO.
OBRIGADA PELA TUA AMIZADE.
TEU ADMIRADOR E FIEL SEGUIDOR.
HUGO

Anónimo disse...

Quanto de nobres sentimentos aqui revelas mulher maravilhosa.Como podes dizer que não és amada..se tu és a voz fiel do amor?
Vida injusta esta não é minha querida amiga Bea?
Aqui fica um beijo daqueles que nunca quiseste. (já sei que me vais ralhar).
Rogério

Vasco disse...

A Partida, é apenas um até mais tarde,
O dia da morte é apenas mais um dia na nossa vida,
Quem parte, terminou a missão que preparou no dia e hora que projectou,
Quem fica sente a saudade, mas a vida tem que continuar.
Nenhuma vida está dependente da outra, ninguém é de ninguém,
O Tempo que passamos juntos com alguém, é um tempo de experiências,
Um tempo de descargas kármicas que a ambos beneficia.

A partida de alguém que amamos nesta vida,
ou simplesmente respeitamos,
Não é de forma alguma o fim da nossa missão,
que continua como o rio que corre para a Foz.

Quem parte, terminou sua missão em plena consciência da alma,
Fica por perto como anjo da guarda,
ou se distancia para bem longe,para
bem perto de outras atracções.

Cada um de nós, escreve o livro da nossa vida,
ninguém mais bota sequer tinta no tinteiro,
nem rabisca ou apaga no livro de alguém.

Cada um de nós é um ser único, independente que carrega a sua própria cruz,
Ninguém pode substituir-se nas lições da alma por alguém.

Ninguém ajuda quem parte chorando, mas ajuda lembrando dos melhores momentos que passaram juntos.

A melancolia, o saudosismo desesperado, atrai quem mais amamos, prende-o á terra, tornando-o tão ou mais infeliz do que nós.

ninguém evolui, ninguém sobe ao astral superior, enquanto estiver amarrado a choros e incompreensão da partida.

Para quem parte, se parte na Luz, anseia e deseja que quem fica seja tão feliz quanto puder.

O ciume, a posse, são sentimentos menores que apenas têm expressão na nossa cultura de inverdades, que tem como objectivo dinamizar o medo, para nos ter sempre debaixo do domínio dos neostafas não produtores de valores, a grande força da involução que domina ainda a Terra.

Tudo está a mudar, mas no Universo, nada se faz tumultuosamente, vai levar tempo, mas havemos de chegar ao reino da harmonia, da paz, do respeito pelo próximo como a nós mesmos.

A vida é o maior espectáculo do Universo e por essa razão, devemos vivê-la em cada dia com alegria, emoção, independência, inteligência no melhor discernimento para fazermos as melhores escolhas, sendo felizes, sem passar por cima da felicidade de alguém.

Deus criou o Todo e o Tudo do Cosmos, deu-nos todas as ferramentas para sermos felizes, tudo nos é permitido para o sermos com a maior grandeza.

Deus Criou tudo o que existe, o bom e o menos bom, com o objectivo de crescermos através de um leque de experiências que é infinito.

Por essa razão, o certo e o errado, não são mais do que ferramentas da experiênciação da Evolução.

Tudo nos é permitido, dentro do conceito do Livre Arbítrio e por isso vivemos neste mundo a que chamamos de cão com a maior razão, apenas de acordo com o nosso estado de compreensão ainda muito retógrado no conceito filosófico da espiritualidade.
Mas, um mundo afinal perfeito, porque Tudo foi sabiamente feito por Deus que sempre escreve direito por linhas tortas e que
na sua infinita sabedoria, criou duas Leis maravilhosas que sempre se cumprem:
A Lei de Causa e Efeito.
continua

Vasco disse...

Estamos vivos, estamos em cena a representar o teatro da vida de cada um, vivamos pois a vida com respeito por quem partiu, mas com a liberdade que temos para experienciar as nossas próprias escolhas que nos apressam ou retardam no caminho da evolução que todos sem excepção percorremos em conjunto, como actores de uma peça de teatro, neste palmo imenso Terra onde 6 biliões de actores todos conhecidos uns dos outros e interligados entre si e em tudo o que existe.

Este conceito, explica porque razão somos membros de Deus e como nada nem alguém está desligado seja do que for.

Deus, Pura Energia da Vida que está em Tudo e em Toda a parte, servindo graciosamente em cada nono segundo a vida de todas as vidas, ri quando rimos, chora quando choramos e fica imensamente feliz quando descobrimos quem somos e deixamos de andar pela mão daqueles que nos querem conduzir para o charco em seu proveito.

Por tudo isto, vivamos a vida com alegria e esperança, porque enquanto estamos na terra, temos o previlégio de poder aceder e participar no maior espectáculo do Universo: A VIDA.

Par não dizermos depois; ai se eu soubesse !!!!

Felizmente não sabemos, porque este é um jogo que temos que jogar sem conhecimento de provas anteriores.

Com carinho
o amigo
Vasco

fiodeprumo disse...

Notável saber expressar pela escrita e em poesia, os sentimentos que vão dentro de si, Beatriz !!
Notável também é partilha-lo com seus amigos/as.
Abraço amigo.
João

Anónimo disse...

Olha
Comentar sentimentos pode parecer muito fácil mas, quanto a mim, é exactamente o contrário.
A grande maioria das pessoas tem, na ponta da língua, as frases feitas, oportunas, para os momentos felizes e terríveis que se repetem incessante e ciclicamente no nosso dia a dia.
Cumpres um aniversário: parabéns, felicidades!
Tens o óbito de uma pessoa mais ou menos querida: sentimentos, conformação, a vida continua... etc.
Posso chamar a isso... “frases de cordel” à guisa da histórica literária medieval que contunua a ser tão actual nos media que nos agridem diariamente.
Aquilo que sinto dos teus escritos é que não querias ser amputada da pessoa que era meia tu, meia ela e viceversa.
O que sentes, não o posso imaginar pois não tive essa experiência que presumo dolorosa, extremamente dolorosa.
Perdi pais, 3 AMIGOS mas, não alguém com a dimensão que me parece a da tua perda – metade de ti.
Não te posso chamar Florbela pelo estilo literário, chamo-te BEATRIZ, “BEA”, carinhosamente...


Recebe um beijinho
Quim


http://www.fadistas.com

Anónimo disse...

QUERIDA 'BEA'
Desculpa mas só hoje é que vi o teu desabafo, não tenho tempo para nada, nem para viver, apenas sobrevivo, ainda, e que Deus me ajude a nunca deixar de ter fé, que o amanhã será melhor.
E tu mulher corajosa, vive e sê muito feliz, pensa positivo hoje, o ontem foi lindo, o amanhã será ainda mais, o hoje é agora, vive cada dia como se fosse o último!
Temos de nos encontrar em breve,
até lá Beijos Gordos,
Ana